Por G1


Notas de dólar em casa de câmbio — Foto: Hafidz Mubarak/Reuters

O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (12), com os investidores reagindo à piora de sinal nos mercados externos e a receios de continuidade de gastos relacionados à pandemia no Brasil em 2021.

A moeda norte-americana subiu 1,14%, cotada a R$ 5,4777. Veja mais cotações. Na mínima da sessão, chegou a R$ 5,3533. Na máxima, foi a R$ 5,4767.

Na quarta-feira, o dólar fechou em alta de 0,46%, a R$ 5,4159. Na parcial de novembro, acumula queda de 4,53%. No ano, tem alta de 36,61%.

Cenário

Na agenda local, o IBGE os dados de setembro sobre o desempenho do setor de serviços – o mais afetado pela pandemia de coronavírus - que cresceu 1,8% em setembro, na comparação com agosto. Apesar de engatar a quarta alta seguida, o setor ainda não conseguiu recuperar o patamar pré-pandemia e continua mostrando recuperação mais lenta do que a observada no comércio e indústria.

No cenário doméstico, permanecem ainda as preocupações em torno da trajetória da dívida pública, com os investidores à espera de uma indicação clara sobre se o governo respeitará ou não seu teto de gastos. A principal dúvida é sobre como um pacote de auxílio social seria financiado diante de um orçamento apertado para 2021, e se o governo conseguirá dar prosseguimento à agenda de reformas estruturais.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta que, se houver uma segunda onda de casos de Covid-19 no país, a prorrogação dos pagamentos do auxílio emergencial será "uma certeza". Segundo ele, este não é o "plano A" do governo, mas a medida pode ser tomada como forma de "reagir".

O aumento do risco fiscal, somado ao patamar extremamente baixo da taxa Selic e a um crescimento econômico fraco, ajudam a explicar o forte avanço do dólar em 2020 ante o real.

Variação do dólar em 2020 — Foto: Economia G1

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