Notas de dólar — Foto: Reuters
O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (14), depois de passar a maior parte da manhã em queda, chegando a renovar mínimas desde junho, com o otimismo no exterior em torno de mais estímulos nos Estados Unidos e progresso em direção à ampla distribuição de vacinas.
A moeda norte-americana subiu 1,55%, a R$ 5,1228. Na mínima, chegou a R$ 5,0113, a menor cotação desde 12 junho (R$ 5,0024). Na máxima, foi a R$ 5,1299. Veja mais cotações.
Na sexta-feira, o dólar fechou em alta de 0,14%, a R$ 5,0446, mas recuou 1,54% na semana. Na parcial do mês, tem queda 4,19%. No ano, ainda registra alta de 27,76%.
O Banco Central realizou neste pregão leilão de swap tradicional de até 16 mil contratos com vencimento em abril e setembro de 2021, destaca a Reuters.
Cenário local e externo
No exterior, a decisão de prorrogar as negociações comerciais entre Reino Unido e União Europeia manteve vivas as esperanças de um eventual acordo entre os britânicos e o bloco europeu.
Nos Estados Unidos, o Congresso discute um novo pacote fiscal de 908 bilhões de dólares para apoiar empresas e desempregados.
Impulsionando o otimismo nesta manhã, os EUA iniciaram no final de semana sua campanha de vacinação contra a Covid-19 com a entrega das primeiras remessas da Pfizer. O governo norte-americano começou a distribuir as primeiras 2,9 milhões de doses a centros de distribuição em todo o país no domingo.
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Por aqui, os economistas do mercado financeiro elevaram sua estimativa de inflação para 2020 pela décima oitava semana seguida, que passou de 4,21% para 4,35%. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a previsão do tombo no ano passou de de 4,40% para 4,41% na semana passada.
Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 recuou de R$ 5,22 para R$ 5,20. Para o fechamento de 2021, a estimativa caiu de R$ 5,10 para R$ 5,03 por dólar, segundo o boletim Focus do Banco Central. Já o Banco Itaú revisou sua projeção de taxa de câmbio para R$ 4,75 por dólar em 2021, citando o "cenário global mais benigno para ativos de risco e a redução da incerteza fiscal".
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma "prévia" do PIB teve expansão de 0,86% em outubro, na comparação com setembro, a 6ª alta mensal consecutiva, segundo o Banco Central.
Já a Fundação Getulio Vargas mostrou que a prévia das sondagens sinaliza recuo pelo terceiro mês consecutivo da confiança empresarial e dos consumidores em dezembro.
No Brasil, continuou também no radar dos investidores a questão fiscal, que há meses têm sido apontada como um fator decisivo na disparada do dólar frente ao real no ano de 2020, assim como a taxa básica de juros em mínimas históricas.
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Variação do dólar em 2020 — Foto: Economia G1