Finanças
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Por Lucas Hirata, Valor — São Paulo


O firme tombo do dólar nos mercados globais, em um dia de valorização quase generalizada dos ativos de risco, ecoou de forma clara nos negócios brasileiros. Por aqui, a moeda americana despencou logo no começo da sessão e chegou a cair mais de 3% nas mínimas do dia, em um movimento que foi beneficiado também por sinais de clima político relativamente mais favorável a agenda de reformas.

Com esse conjunto de fatores no radar, o dólar comercial encerrou a sessão em queda de 2,49%, aos R$ 5,2097, depois de tocar R$ 5,1662 na mínima do dia. É o menor nível de fechamento desde 23 de junho quando ficou em R$ 5,1517. Assim, o real liderou com folga a lista dos melhores desempenhos do dia entre as divisas mais negociadas do mundo. Para efeito de comparação, o segundo melhor colocado foi o peso chileno com ganho de 1,7% contra o dólar.

De forma geral, a animação dos investidores globais foi sustentada hoje pelo acordo firmado entre líderes da União Europeia sobre um pacote de recuperação econômica. Do petróleo ao minério de ferro, as commodities ganharam terreno assim como ações de diversas partes do mundo, ao mesmo tempo em que o euro se viu favorecido em relação ao dólar, que teve um dia de queda generalizada.

Para o sócio e gestor da Absolute Investimentos, Roberto Campos, uma série de fatores contribuíram para a queda do dólar contra o real, incluindo a apresentação da reforma tributária. “A proposta do governo é positiva pelo fato de mostrar que estão discutindo medidas estruturais. Qual vai ser o efeito prático? É mais difícil de dizer. A reforma da Previdência era mais relevante em termos práticos. Já a reforma tributária traz uma discussão positiva e ajuda a mudar os preços no mercado, mas se vai ser suficiente para mudar cenário no Brasil é outra história”.

Durante grande parte do dia, o mercado trabalhou com a expectativa de que o governo iria propor hoje o fim da desoneração da cesta básica. Essa possibilidade detonou uma firme alta nas taxas dos juros futuros durante boa parte da sessão, em especial nos vencimentos intermediários da curva a termo. Isso porque a medida poderia ter um impacto superior a 1,0 ponto percentual sobre o IPCA, segundo cálculos iniciais de algumas casas, colocando em risco o cenário de Selic baixa por mais tempo.

No entanto, o governo desistiu de fazer a reoneração da cesta básica em sua proposta de reforma tributária. A matéria foi entregue ao Legislativo no fim do dia junto com a informação de que o governo manteve a isenção da cesta básica. Assim, as taxas dos juros futuros reverteram parte da alta nas horas finais de pregão, já na sessão estendida. No fim do dia, a taxa do DI para janeiro de 2023 era negociada a 4,02% bem longe da máxima do dia, em 4,14%.

 — Foto: Pixabay
— Foto: Pixabay
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