Por G1


Notas de dólar — Foto: Hafidz Mubarak/Reuters

O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (15), em meio a um ambiente global mais cauteloso, com os investidores de olho também em pistas sobre a saúde econômica e fiscal do Brasil.

No exterior, a redução das esperanças de um novo pacote de estímulo fiscal nos EUA antes da eleição presidencial e o retorno das restrições ao redor da Europa diante do aumento de casos de Covid-19 provocaram maior aversão ao risco.

A moeda norte-americana subiu 0,48%, cotada a R$ 5,6260. Na máxima da sessão, chegou a R$ 5,6473. Na mínima, foi a 5,59. Veja mais cotações.

Na quarta-feira, o dólar fechou em alta de 0,37%, a R$ 5,5991. No acumulado do mês, a moeda norte-americana passou a ter alta de 0,14%. No ano, acumula valorização de 40,31%.

Neste pregão, o Banco Central realizou leilão de swap tradicional para rolagem de até 10 mil contratos com vencimento em abril e julho de 2021, destacou a Reuters.

Cenários

Na Europa, o Reino Unido e a França ampliaram as medidas de restrição para evitar novas transmissões do coronavírus, alimentando temores de uma segunda onda de contaminações.

Os investidores continuaram também avaliando as perspectivas de um acordo de combate aos efeitos do coronavírus nos EUA antes da eleição de 3 de novembro. O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, disse na quarta-feira que chegar a um acordo sobre o novo pacote fiscal antes da eleição será difícil, já que democratas e republicanos permanecem distantes em certas questões.

Por aqui, incertezas crescentes sobre como o governo financiaria seu programa de auxílio econômico sem furar o teto de gastos, aprofundadas pelo atraso das reformas em meio à pandemia, têm dominado as atenções dos investidores, sendo apontadas como alguns dos principais fatores de pressão sobre o real.

A economia brasileira cresceu pelo quarto mês consecutivo em agosto, segundo números divulgados nesta quinta-feira pelo Banco Central. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), apontou crescimento de 1,06% em agosto, na comparação com julho, abaixo do esperado por parte do mercado.

"Ao que tudo indica a velocidade da recuperação irá desacelerar ao longo do segundo semestre", avaliou o economista-chefe da Necton, André Perfeito.

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Variação do dólar em 2020 — Foto: Economia G1

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