Nota de US$ 5 dólares — Foto: REUTERS/Thomas White
O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (16), e fechou a semana com valorização contra o real em meio às preocupações com uma segunda onda de contaminações de Covid-19 no mundo e incertezas sobre a saúde fiscal e ritmo de recuperação da economia brasileira.
A moeda norte-americana encerrou o dia com alta de 0,30%, cotada a R$ 5,6430. É o maior valor de fechamento desde 2 de outubro, quando ficou em R$ 5,6688. Veja mais cotações.
Com isso, o dólar acumulou alta de 2,12% na semana. No mês, passou a ter alta de 0,44%. No ano, tem valorização de 40,73%.
O Banco Central fez pregão leilão de swap tradicional para rolagem de até 10 mil contratos com vencimento em abril e julho de 2021, destaca a Reuters.
Cenários
Os investidores continuaram preocupados com o aumento dos casos de Covid-19 nos EUA e na Europa e com o efeito que eles estão tendo e terão sobre as economias. Vários países europeus foram forçados a apertar as restrições esta semana, medidas que incluíram um toque de recolher em Paris e proibições de reuniões de diferentes famílias em Londres.
Pesou também nos mercados o impasse nas negociações para mais estímulo fiscal nos Estados Unidos.
Por aqui, incertezas crescentes sobre como o governo financiaria seu programa de auxílio econômico sem furar o teto de gastos, aprofundadas pelo atraso das reformas em meio à pandemia, dominaram as atenções dos investidores, sendo apontadas como alguns dos principais fatores de pressão sobre o real.
Na agenda de indicadores, o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) ficou em 3,20% em outubro, ante alta de 4,34% no mês anterior, favorecido pela desaceleração dos preços das matérias-primas.
O IBGE mostrou nesta sexta que o número de desempregados no país chegou a 14 milhões na quarta semana de setembro, ante 13,3 milhões na semana anterior. Com isso, a taxa de desemprego subiu de 13,7% para 14,4%. Na primeira semana de maio estava em 10,5%.
Dólar alto e estoques baixos motivam alta no preço do óleo de soja
Dólar - 16.10.2020 — Foto: Economia G1